terça-feira, 24 de novembro de 2009

POEMA DE MINHA AUTORIA, DECLAMADA POR MIM, NA EXPOSIÇÃO DE ARTE "REVISITANDO A INFÂNCIA", NA FTC, NO DIA 23 DE NOVEMBRO DE 2009:


Antiga Infância



Recordo-me dos meus tempos de infância,

Onde brincava sem parar.

Eu era uma criança serelepe,

que parecia nunca cansar.

Tive uma infância pobre,

vivia no subúrbio,

rodeada de pobreza e fantasias.

Tinha fome e desconforto,

Mas a brincadeira me fazia

Esquecer a tortura do dia a dia.

Era bem pequenina,

mas posso bem recordar.

Depois de algum tempo,

no interior vim morar

E a situação começou a melhorar.

Tive amigos, tinha escola,

Gostava de brincar

com pneus e de bola.

Tive minha primeira boneca com 7 anos.

Ainda me lembro dela,

seu nome era Dora.

Loira e elegante,

com um vestido curto e rodado,

Parecia uma princesa

De um reino encantado...

Depois veio o Pop,

Meu ursinho caramelado
Que era meu amigo de todas as horas

E me acompanhou até a

Adolescência complicada.

Foi uma vida difícil,

mas eu brincava.

Tempos bons eram os das férias...

Casa do vovô e da vovó,

que me tratavam

Com um mimo só.

Ia brincar com as meninas que lá moravam,

Fazíamos comidinhas,

as quais minha avó emprestava

E servíamos nas folhas da bananeira,

No quintal da roça,

embaixo da jaqueira e da mangueira

que sempre sombra nos dava.

O tempo de colégio não foi muito legal,

Por eu ser pobre, todos me excluíam

E sempre queriam me bater,

por eu ser boba, ingênua

e muito pequena.
Cresci e hoje tento reaprender a brincar,

Para meus filhos eu poder ensinar.

Todas as crianças devem ter a sua infância,

Mesmo com dificuldades e falta de segurança.

Relato um pequeno resumo de minha história,

Para saberem que mesmo com as dificuldades

A infância não foi perdida, mesmo sofrida,

Foi divertida.



Andréa Pacheco




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